Teste e avaliação da Mizuno Wave Ignite 2 AS






Desde que a Mizuno Wave Ignite 2 AS chegou em minhas mãos no dia 04/04/2013, venho usando o modelo, de segunda a sexta, regularmente. O modelo foi adquirido na Netshoes por R$ 189, frete incluso.



A linha tem como garoto propaganda o japonês Keisuke Honda, do CSKA Moscou-RUS, que usa o modelo Mizuno Wave Ignitus 2 KH.

Com relação ao modelo society da linha em questão, a Mizuno Wave Ignite 2 AS é o modelo top de linha. Digo isso porque existe um outro modelo, o Mizuno Wave Ignitus 2 AS, que causa confusão por ter o mesmo nome do modelo top da linha, mas a sua qualidade é inferior.

A diferença básica entre os modelos Ignite e Ignitus é a construção do seu cabedal, em couro de canguru neste último e em material sintético no primeiro.

UPDATE: Para deixar claro, caso haja dubiedade de interpretação, a coisa é assim:
Mizuno Wave Ignite 2 AS: cabedal em couro sintético, com Bio Panel e Mukaitten Panel;
Mizuno Wave Ignitus 2 AS: cabedal em microfibra sintética, com Bio Panel apenas pintado, Mukaitten Panel ausente.
O modelo Ignitus 2, com solado para campo, é em couro de canguru, ou microfibra.
O modelo Ignite 2, com solado para campo, é em couro sintético, assim como a AS.

A primeira vez que calcei a chuteira, senti meu pé deslizar dentro dela, o que se deve à palmilha muito fina que vem com a Mizuno Wave Ignite 2 AS. É um ponto fraco no que diz respeito ao conforto. Resolvi esse problema usando a palmilha, bem mais grossa, da minha CTR360 AG que foi roubada, e a chuteira ficou bem melhor ajustada ao pé.



Outro ponto que me chamou atenção foi que, com a palmilha original, meu pé mal tocava o cabedal da chuteira. Pensei que fosse devido à altura do cabedal, mas o problema ficou resolvido com a troca da palmilha.

Resolvendo o problema da palmilha, tirei a chuteira da caixa e fui direto para o jogo. Levei minha chuteira Adidas adiNova 3 que já usava, como precaução para potenciais aparecimentos de bolhas. Qual foi a minha surpresa, a a Mizuno Wave Ignite 2 AS não causa nenhum ponto de atrito, mesmo com uma palmilha mais grossa, o que é uma grande vantagem para jogadores que usam a chuteira com alta frequência.

Outra característica do modelo é o apoio oferecido ao tornozelo. A a Mizuno Wave Ignite 2 AS tem um contraforte interno (o mesmo é externo no modelo FG) que praticamente trava o tornozelo de uma maneira que oferece uma segurança que não vi em outros modelos society que já usei antes.



O modelo a Mizuno Wave Ignite 2 AS também traz consigo o que a a Mizuno 
chama de Mukaiten Panel. É uma peça de borracha localizada na parte interna no pé que tem a função de retirar o efeito da bola no ato do chute. Testei essa tecnologia por algo em torno de 10 a 15 minutos, antes e depois das peladas e, sinceramente, posso dizer que a bola toma menos efeito, mas algo bem longe de efeito "0". Pode ser a minha técnica, já que os chutes do japonês Honda parecem deixar a bola parada enquanto corta o ar.



Além do Painel Mukaitena Mizuno Wave Ignite 2 AS também tem outra tecnologia no cabedal chamada 360 Bio Vamps. Essa tecnologia consiste painéis menores localizados na parte superior da parte frontal da chuteira, e também na parte interna da parte frontal da chuteira. Os que são localizados na parte superior prometem mais efeito no chute, enquanto os da parte interna são relacionados a controle e toque de bola. Essa tecnologia realmente trouxe o que prometeu. Notei que fica mais fácil o controle de bola, e mais efeito se aplica aos chutes.



O solado da  Mizuno Wave Ignite 2 AS é algo que merece cuidados. Composto por 66 travas cônicas e feito em borracha, é o solado que mais proporcionou tração nas corridas e eficiência nas paradas e mudanças de direção. Digo que merece cuidados porque o solado, apesar das travas cônicas, trava sobremaneira o pé no chão. Pensei que ia ter uma torção no começo, tamanha a diferença em relação ao solado Traxion da Adidas adiNova 3. Portanto, ao iniciar a prática com a  Mizuno Wave Ignite 2 AS corra um pouco sem a bola para sentir como é que o solado funciona. Outra característica relevante em relação ao solado é que ele parece pouco flexível, o que melhora com o tempo.



Digo que o solado da  Mizuno Wave Ignite 2 AS é um dos melhores que já usei para society.
Normalmente jogo em campo de grama sintética, e sou avesso ao uso de chuteiras society em campos de grama natural, por achar que as travas não tem a altura adequada para o uso nesse tipo de piso.
Pois já usei a chuteira em grama natural, de nariz torcido, e fui surpreendido.
Se por um lado o solado trava demais o pé na grama sintética, ele se sai muito bem na grama natural, proporcionando a estabilidade necessária para um jogador de 1,88 m e 92 kg!

Ponto positivo é o revestimento interno do colar da chuteira. Feito no mesmo material do cabedal, não acumula suor, o que reduz o mau cheiro deixado pelos revestimentos em espuma/mesh.



Ponto negativo é a língua. A língua da chuteira é feita em mesh, o que a deixa maleável demais, tornando em uma coisa chata durante o processo de amarração. Melhor se fosse feita com o mesmo material do cabedal.



O peso da chuteira é algo que você não nota, o que não prejudica o desempenho em campo.

Pontuação por quesito:
Conforto ........... 7 (de 10)
Proteção ........... 9 (de 10)
Durabilidade ...... a ser avaliada
Valor ................ 8 (de 10)
Performance ..... 8 (de 10)
Tecnologia ........ 9 (de 10)
Peso ................. 8 (de 10)
Total ............... 49 (de 60)

Siga o Blog no Twitter e curta nossa página no Facebook para saber das últimas atualizações.