Teste e avaliação da Puma V1.10 SL





Desde 16/09 do ano passado, já se passaram mais de nove meses até que resolvi publicar essa primeira avaliação no Blog. Tanto espaço de tempo se deve ao fato de jogar apenas uma vez por semana com a chuteira, tanto amistosamente, quanto em jogos oficiais.

Adicionei à minha coleção o modelo Puma V1.10 SL, nas cores Parachute Purple/Tender Shoots/Ebony. O preço foi bem mais baixo que os atuais R$ 699,00 cobrados no Brasil, paguei por ela apenas US$ 99,99 na época. Lembrando que o preço regular dela aqui é R$ 899,00


Recebi o modelo e só de segurar nas mãos já fiquei impressionado. Mesmo tendo usado a Puma V1.08 anteriormente, ela não se compara, nem de longe, com as 150 gramas da V1.10 SL.

Extremamanente leve, fica o depoimento da minha tia ao recebê-la nos EUA: “- Quando o pacote chegou, nem achei que fosse a chuteira, pois era muito leve...”. Leveza! É disso que estou falando quando escrevo essa avaliação.



A leveza do modelo tornou a minha experiência com a V1.10 SL o mais próximo que já tive de jogar com os pés descalços, como fazia nas peladas de rua há 25 anos. Realidade ou não, você tem a sensação de estar mais rápido durante a corrida.


A V1.10 SL, como as outras Puma que já usei tem a forma ligeiramente menor do que a forma das outras marcas. Normalmente uso tamanho US 9,5. Com a minha V1.08 tive problemas no tendão de Aquiles, justamente pelo fato de a chuteira US 9,5 ter ficado apertada no meu pé. Já sabendo disso, comprei a V1.10 SL no tamanho US 10,5. Por isso, se alguém vai comprar uma V1.10 SL, recomendo que o faça em um tamanho inteiro maior.



O cabedal de microfibra da V1.10 SL é bem suave e fino. Por isso a chuteira realmente se molda ao formato do seu pé quase que imediatamente. No tamanho certo, ela calça sem espaços entre a chuteira e o pé, sem pontos de pressão. A língua é simplesmente uma única camada de malha perfurada e fina, como a que vemos na maioria dos tênis de corrida, proporcionando o contato mais próximo possível com a bola, como se estivesse descalço. Não encontrei problemas com bolhas. Saiu direto do porta-chuteiras, que acompanha o modelo, para os pés.


Diante disso, além da leveza, a V1.10 SL também brilha no quesito tato com a bola. Todo crédito à finíssima microfibra do cabedal. O tato excepcional entre pé e bola fica evidenciado não só ao conduzir e dominar a bola, mas também em passes e chutes.


Tendo jogado com a V1.10 SL em condições de tempo chuvoso, posso dizer que, além de absorver uma quantidade irrisória de água, sobretudo por causa do tecido da parte interna da chuteira, a chuteira não oscila o peso em variações em que se possa sentir alguma diferença.



Quanto à tração e aderência ao gramado, mesmo com travas relativamente baixas, se comparadas às de uma Mercurial Vapor, posso garantir que elas fizeram o seu trabalho sobre campo seco, ou mesmo molhado. O solado construído em PEBAX com fibra de carbono embutida minimiza o peso e aumenta a estabilidade.


A durabilidade da chuteira é outro ponto forte. Mesmo com nove meses de uso, a chuteira está como nova, sem qualquer desgaste na parte do cabedal, e pouco desgaste nas travas.

Negativos ficam por conta do conforto, e da baixa proteção, seja contra pisões acidentais, ou contra divididas. É o sacrifício que se faz quando o material usado no cabedal é extremamente fino e leve. Definitivamente não é o modelo indicado para zagueiros ou volantes, pois são posições que enfrentam muitas situações de dividas durante o jogo, necessitando de uma maior proteção. Mas para atacantes, e até mesmo laterais, a V1.10 SL é altamente indicada.

Sinceramente, fico perplexo com a forma com que as empresas estão produzindo chuteiras super leves, e estão conseguindo produzir chuteiras de qualidade.

Pontuação por quesito:
Conforto .......... 6 (de 10)
Proteção .......... 4 (de 10)
Durabilidade ..... 9 (de 10)
Valor ............... 9 (de 10)
Performance ... 9,5 (de 10)
Tecnologia ........ 9 (de 10)
Peso .............. 10 (de 10)
Total ........... 56,5 (de 70)


Fotos atuais da chuteira:











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