NIKE | Por dentro do futebol jogado em espaços reduzidos: edição Santiago do Chile
Santiago é a quinta maior cidade da América do Sul, com mais de 5,5 milhões de ‘Santiaguinos’ (como é chamada a população da cidade). Recentemente, a capital chilena foi reconstruída e reinventada.
Renovada, hoje ela é um dos principais centros financeiros e comerciais da América Latina, chamando atenção por seus lindos arranha-céus com vista para a Cordilheira dos Andes. Entretanto, sua verticalidade também esconde várias comunidades próximas umas das outras, onde o futebol é mais comentado do que qualquer outra coisa.
“Todos falam sobre futebol no Chile, em qualquer lugar, a qualquer hora. Num dia comum, você vai para o trabalho de metrô ou de ônibus e ouve as pessoas conversando sobre algum jogo que aconteceu no dia anterior. Agora que a Copa América será aqui, ele é a pauta para qualquer conversa”, conta Francisco Casanova, zagueiro da categoria Sub-21 de um time de Santiago.
UMA PAIXÃO NACIONAL
Santiago conta com vários clubes de expressão do Chile, que lotam seus estádios em quase todos os jogos. Embora o futebol dos times da cidade esteja em alta, hoje o que mais importa para a torcida chilena é a seleção nacional.
Mesmo que essa seleção nunca tenha vencido um campeonato internacional de peso, e independente de qualquer comparação com gerações anteriores, é a atitude deste time atual que o torna tão especial para os chilenos.
“No Chile, o futebol se tornou algo ainda mais sério. Antes o clima era mais leve e a pressão era bem menor, mas hoje o que importa para nós é vencer. O nosso jogo é organizado e jogamos com um propósito. Se perdemos a bola, não desistimos até recuperá-la e atacarmos de novo. Assim que o futebol deve ser jogado”, explica Nicolas Matus, meia da categoria Sub-21 de um time da capital.
Nos últimos 10 anos, o futebol do Chile passou por uma drástica transformação, justificada pelos chilenos por uma ‘mudança de mentalidade’. Hoje, o Chile joga com suas próprias regras e, principalmente, com uma vontade que conquistou não só o país, mas também admiradores ao redor do mundo.
UMA NOVA ERA, UMA NOVA IDENTIDADE
O futebol no Chile, inspirado por suas raízes em quadras com espaços reduzidos, sempre envolveu muita técnica, mas hoje conta com uma presença maior de força, preparação física e conhecimento tático.
A geração atual de jogadores chilenos possui um senso de convicção que atraiu a imaginação de uma nação, principalmente de jogadores jovens que esperam se tornar atletas profissionais. Antes, esses garotos tomavam como exemplo jogadores de outros países da América do Sul, como Argentina, Brasil ou Uruguai, mas hoje eles valorizam os craques do próprio país, que provaram seu talento chegando a alguns dos maiores clubes do mundo.
Jogadores corajosos, experientes e da mais alta qualidade, como Arturo Vidal, hoje são ídolos e exemplos para uma nova geração confiante de Santiaguinos.
“O estilo de jogo moderno que o Chile apresenta hoje envolve velocidade e técnica, habilidades que você aprende nas quadras com espaços reduzidos. Eu acho que hoje os nossos jogadores estão mais confiantes em suas habilidades e, por essa e outras razões, esse é um dos melhores momentos da história do futebol chileno, e eu tenho orgulho de fazer parte dela”, declara Arturo Vidal, meia da Juventus F.C.
OS JOGOS COM ESPAÇOS REDUZIDOS EM SANTIAGO DO CHILE
A história do futebol jogado em espaços reduzidos, ou ‘futebol bebê’, como é conhecido em Santiago, é longa e rica. Praticamente toda comunidade tem uma quadra ou duas, onde os jovens se reúnem e crescem jogando futebol juntos. Hoje, aplicativos como o Nike Football app facilitam a organização de jogos e ampliam a extensão de uma comunidade, incentivando os jovens a jogarem cada vez mais.
A maioria das quadras no Chile é de asfalto, às vezes com grama sintética para jogos com 7 de cada lado. Porém, esse futebol com menos jogadores geralmente é jogado nas ruas, estacionamentos e campos improvisados, desenhados pelos próprios atletas.
O futebol jogado na Villa Portales, uma área residencial famosa de Santiago, é direto e seco. Momentos de brilho surgem entre carrinhos e chutes fortes. Encaixe, toque e tração estão em jogo nesse lugar, e a coleção Nike FootballX, apresentando a MercurialX, oferece a chuteira ideal para a velocidade explosiva encontrada no futebol jogado nas quadras e ruas do Chile.
“Se você não tiver velocidade, você não serve aqui. Tudo é muito rápido, você tem que pensar antes que o rival faça algo, mas com muita alegria ao mesmo tempo”, diz Casanova.
Embora exista um arsenal impressionante de talentos individuais atualmente, o espírito coletivo é o que impulsiona a tática. Cada jogador tem a proteção de um colega de equipe, e o grupo se movimenta em perfeita sincronia pelo campo, atacando e defendendo com a mesma determinação.
DETERMINADO A SONHAR ALTO
Os jovens jogadores de Santiago têm algo a provar, e eles pretendem fazer isso em grande estilo. Se o atual time do Chile é o melhor até o momento – a nova geração quer ser ainda melhor. Eles jogam com foco e conhecem a importância da dedicação e do sacrifício.
Os pontos de referência desses garotos são sempre os novos ídolos nacionais e os clubes europeus de prestígio onde eles jogam. O sucesso individual no futebol parece ter um efeito profundo em como os jovens jogadores de Santiago veem si próprios. Os sonhos são internacionais, as histórias que eles querem ler – e possivelmente escrever – são globais, não locais.
“O meu sonho é jogar numa equipe grande da Europa assim que possível. Atualmente, jogo aqui em Santiago, mas vejo o meu futuro na Espanha ou na Itália, jogando nos melhores times do mundo”, diz Matias Álvarez, do time Sub-17 da Universidad de Chile.
Com o Chile jogando em casa com o melhor grupo de jogadores da história do país, a Copa América 2015 no meio do ano parece um novo capítulo a ser escrito na história do futebol chileno.
“Temos negócios pendentes. Não temos outra escolha a não ser dar tudo de nós. O torneio será jogado aqui no Chile, e estamos com o melhor time que já tivemos – então, a responsabilidade é vencer. Nada menos que isso”, diz Casanova.
Da Cidade do México ao Rio de Janeiro, passando por Buenos Aires e Santiago – a poucas semanas da Copa América 2015, essa série especial de reportagens do Nike News aborda como o futebol jogado em espaços reduzidos continua a influenciar o desenvolvimento do esporte na América Latina.